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Indicador revela que brasileiros não estão preparados para imprevistos


Por: A tarde
Sufoco na hora de comprar algum presente, falta de recursos para lidar com imprevistos, dificuldade para fechar as contas no azul. Estes são alguns sintomas de que a vida financeira não vai bem e que, nestes tempos de crise, acometem uma parte expressiva dos brasileiros. É diante desse quadro que o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), com o apoio de pesquisadores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), lança um indicador inédito de bem-estar financeiro do brasileiro. De acordo com os dados, 63% dos consumidores afirmam não estar preparados para lidar com imprevistos e apenas 12% disseram ter a capacidade de lidar com despesas inesperadas.
A proteção contra imprevistos é um dos quatro pilares que sustentam o indicador, ao lado do controle sobre as finanças, os objetivos financeiros e a liberdade para fazer escolhas. O nível de bem-estar financeiro de cada consumidor varia de acordo com respostas dadas em dez questões que passam pelos quatro pilares.
Numa escala que varia de zero a 100, quanto mais próximo de 100, maior o nível médio de bem-estar financeiro da população; quanto mais distante de 100, menor o nível.
Negligência
Em novembro de 2017, o indicador marcou 47,4 pontos. Calculado desde julho de 2017, ao longo desses meses os resultados exibiram pouca variação, ficando praticamente estáveis. "Ainda temos uma taxa de desemprego bastante elevada, e isso coloca as famílias em situação de aperto. Não só a crise, entretanto, põe as pessoas em dificuldade – muitas vezes a negligência com o controle das finanças também pesa. Investigar como o consumidor se relaciona com o dinheiro é importante porque uma vida financeira mal administrada pode afetar a saúde, a produtividade e até as relações familiares", afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Outro importante pilar pesquisado no indicador é o controle das próprias finanças: 48% dos consumidores disseram acreditar que, por causa da forma como administram as finanças, alcançarão as coisas que querem na vida, mas 24% mostraram-se pouco confiantes a respeito disso. A preocupação com a possibilidade de o dinheiro que se tem acabar descreve cerca de 33% dos consumidores, segundo aponta o novo indicador.


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