Crescem casos de obesidade infantil na região Nordeste
Por:Tribuna da Bahia
Obesidade
infantil atinge 15% das crianças no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) estima que somente no Norte e Nordeste, 28% das
crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso.
O
problema está diretamente ligado à má alimentação e às escolhas que não compõem
uma dieta balanceada na hora de fazer o supermercado. Para alertar a população
para esse problema de saúde pública, neste sábado (03) é comemorado o Dia de
Consciência Contra a Obesidade Mórbida Infantil.
Crianças
obesas têm grandes chances de desenvolver hipertensão, diabetes, problemas
cardíacos, ortopédicos e respiratórios, além dos prejuízos psicológicos, como
baixa autoestima, isolamento social e depressão.
Segundo,
a nutricionista do GBarbosa, Ione Câmara, o caminho para que as crianças
escolham alimentos saudáveis é estabelecer limites e educar sobre como é
possível comer de maneira equilibrada e gostosa.
Para
ela, melhorar a dieta e os hábitos de condicionamento físico de toda a família
é uma das melhores maneiras de ajudar a criança a conseguir um peso saudável.
“O
exemplo e as escolhas dos pais são essenciais para a educação dos filhos para
uma vida saudável”, afirmou, alertando que, comer de forma saudável e fazer
atividades físicas são fatores determinantes para combater a obesidade
infantil.
A
especialista esclareceu que, não há nenhum outro sintoma além do peso acima do
normal para se detectar a obesidade infantil.
“A
falta de exercícios, somada ao consumo excessivo de alimentos ricos em açúcares
e gorduras contribui para o avanço da obesidade entre as crianças”, observou,
explicando que, para combater a obesidade é necessário escolher alimentos
saudáveis, principalmente, frutas e verduras, consumir equilibradamente frutas
e massas integrais, preferir sempre carne vermelha com pouca gordura, frango e
peixe, e comer alimentos como ovos, leite, feijão, ervilha, lentilha,
grão-de-bico e soja. “A forma de preparo também é fundamental. Prefira os
assados e grelhados aos alimentos fritos”, afirmou Ione Câmara.
Há crianças que comem de tudo, mas filhos que deixam os pais preocupados quanto à alimentação. Matheus de Araújo tem 7 anos e como muita criança faz cara feia na hora de comer. Ele adora trocar o almoço por doces e outras guloseimas.
“Tento
conscientizar ele da importância de ingerir carboidratos, vitaminas, proteínas,
mas nem sempre o discurso funciona”, contou a mãe Zerilda Araújo, acrescentando
que, devido à dificuldade de Matheus para se alimentar, ela bate cenoura ou
beterraba no suco para o filho beber.
Já Luana Lavínia, de 8 anos, neta de Lucila Silva, adora comer arroz, feijão, batata, couve-flor na hora da refeição. Mas, prefere beber suco a refrigerante. A nutricionista Elizabeth Regina Silva acredita que a aceitação ou não da criança a determinados tipos de comida é reflexo dos hábitos alimentares da família e afirma que é preciso educar também para comer.
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