CCJ aprova relatório da reforma trabalhista por 16 votos a 9; houve 1 abstenção
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou por volta das 23h20
desta quarta-feira (28) o relatório da reforma trabalhista produzido pelo líder
do governo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). O texto contou com apoio de 16
senadores, nove votos contra e uma abstenção. Era necessária maioria simples
para aprovação do projeto e os governistas previam apoio de 15 senadores.
Agora, o texto segue para o plenário do Senado, a última etapa no Congresso
antes da sanção presidencial. O relatório de Jucá pede a aprovação integral do
projeto vindo da Câmara dos Deputados e rejeita a acusação de que trabalhadores
perderão direitos com a mudança na legislação. Para o relator, o projeto de
reforma trabalhista não viola preceitos constitucionais. "Verifica-se que
o projeto de lei não suprime direitos dos trabalhadores", cita o texto
aprovado pelos senadores. "A análise sistêmica (e despida de preconceitos)
da proposição revela que ela fortalece os sindicatos brasileiros, confere maior
autonomia (sem desproteção) aos trabalhadores, reduz os custos de transação
gerados pelas normas trabalhistas e desburocratiza as relações laborais",
cita o relatório de Jucá. Com a vitória na CCJ, o governo tenta recuperar o
fôlego após a derrota do parecer governista na Comissão de Assuntos Sociais
(CAS). A rejeição na comissão anterior pegou o governo de surpresa e houve
atenção especial para a articulação dos senadores nesta sessão da CCJ. No
plenário do Senado, para onde segue o texto, há possibilidade de o projeto
tramitar em urgência, o que poderia acelerar a votação. O regime de urgência
deve ser votado nesta quinta-feira (29) no plenário da Casa.
por Fernando Nakagawa, Isabela Bonfim e Thiago Faria | Estadão Conteúdo
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