Alerta para o câncer de pele
Por:Gabriele Galvão
A
exposição solar sem proteção aumenta o risco câncer de pele, pois desprotegida
ela sofre agressões e alterações celulares que podem levar a enfermidade. O
câncer de pele corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no
Brasil. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que reforça o
alerta para os malefícios do excesso de exposição solar à pele no próximo dia
11, data que celebra o Dia Mundial do Melanoma.
Qualquer
célula que compõe a pele pode originar um câncer. Segundo a dermatologista da
Clínica Sanlazzaro, Marta Machado Mascarenhas, que também é membro da Sociedade
Brasileira de Dermatologia há, basicamente, dois grupos de cânceres de pele.
“Os cânceres de pele não melanoma (como os carcinomas basocelulares e
espinocelulares) e os melanomas. Também existem cânceres de pele relacionados a
outros tipos de células, contudo, são bem mais raros”, explanou.
Ela
explicou que, dentre os tipos, o melanoma é o mais perigoso. “É o câncer de
pele com maior taxa de mortalidade, sendo considerado mais agressivo. Ele tem a
capacidade de invadir qualquer órgão, criando metástases, até mesmo no cérebro
e coração”, afirmou, observando que, os cânceres de pele não melanoma
correspondem ao tipo de neoplasia mais comum na população, chegando a superar a
incidência dos cânceres de mama e próstata. “Estão relacionados,
principalmente, a exposição cumulativa a radiação solar. Originam-se de
queratinócitos que são células da epiderme (camada mais superficial da pele)”,
esclareceu.
A
especialista ressaltou que, em contrapartida, os melanomas apresentam uma
incidência menor, mas são mais agressivos, com maiores taxas de acometimento de
órgãos internos e maior mortalidade. Originam-se dos melanócitos que são as
células da epiderme que dão cor a nossa pele. De acordo com ela, o
melanoma vem aumentando a sua incidência com redução da gravidade ao
diagnóstico ao longo dos últimos anos.
“Isso
se deve a maior procura das pessoas ao dermatologista, além do diagnóstico mais
precoce. Esse tipo de câncer de pele é mais comum nas mulheres e na faixa
etária de 50-70 anos, contudo, existem vários casos diagnosticados em pessoas
jovens. A associação do melanoma a cânceres de pele não melanoma chega a ser
maior que 40%, demonstrando uma população que se expõe ou se expôs ao sol”,
destacou.
Diagnóstico
e tratamento
Após confirmação do diagnóstico, o paciente será submetido ao tratamento, que dependerá do tipo de tumor e será acompanhado regularmente pelo dermatologista para detecção de novos cânceres de pele que possam surgir. O autoexame da pele é fundamental para detectar precocemente a doença, tanto o melanoma quanto o não-melanoma.
Após confirmação do diagnóstico, o paciente será submetido ao tratamento, que dependerá do tipo de tumor e será acompanhado regularmente pelo dermatologista para detecção de novos cânceres de pele que possam surgir. O autoexame da pele é fundamental para detectar precocemente a doença, tanto o melanoma quanto o não-melanoma.
“Os
cânceres de pele podem se apresentar como manchas, nódulos, pequenos caroços e
até placas. Podem ulcerar e sangrar. Devemos ficar atentos ao surgimento de
novas lesões na pele, bem como à modificação das mesmas. Ou seja, se está
crescendo, mudando de cor ou ferindo é importante procurar um dermatologista
para realização do exame dermatológico e dermatoscopia”, sugeriu Marta Machado
Mascarenhas.
Segundo
a médica, é importante o uso de filtro protetor solar diariamente, mesmo que
não se exponha diretamente ao sol. “A Sociedade Brasileira de
Dermatologia recomenda que repasse o filtro a cada 3 horas durante o dia.
Também devem-se usar medidas de proteção física como chapéus, bonés, camisas de
proteção UV e óculos escuros. Outro ponto importante a destacar é a realização
do auto-exame da pele. As pessoas devem ter o hábito de observar suas manchas e
pintas regularmente e observar modificações. Sinais de alerta (ABCD do
melanoma): A (assimetria), B (bordas irregulares), C (cores variadas), D
(diâmetro > 6 mm)”, explicou.
Para
a especialista, o melhor tratamento para o câncer de pele ainda é a prevenção.
“Exponha-se ao sol de forma consciente, evitando exageros e usando as medidas
de proteção adequadas. Tenha o hábito de avaliar a sua pele e ir regularmente
ao dermatologista, pois a detecção precoce reduz substancialmente o risco de
metástases e, por conseguinte, a mortalidade relacionada aos cânceres de pele”,
declarou.
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